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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Amazônia: um ecossistema em perigo



A Floresta Amazônica está sendo dizimada a cada dia que passa. São áreas enormes de floresta que são colocadas abaixo e queimadas para a extração de madeira e criação de gado, principalmente. 

Organismos nacionais e internacionais têm aumentado o controle sobre a floresta através de policiamento florestal, satélites e denúncias. A mídia tem apresentado notícias a toda hora, confirmando tanto o enorme desmatamento que tem acontecido quanto às represálias efetuadas. No entanto, devido ao imenso tamanho da área a ser protegida, muitas vezes o "socorro" à floresta chega tarde. Multas são aplicadas, prisões efetuadas, cargas apreendidas, porém, parece que não são suficientes para frear o desmatamento da Amazônia. 


Leia abaixo um pouco do que representa a Amazônia para o Planeta Terra, para nossas vidas e algumas idéias do que pode ser feito para salvar nosso "condicionador de ar" natural...

A Amazônia ocupa cerca de 2/5 do continente e mais da metade do Brasil. A extensão total aproximada da Floresta Amazônica é de 5,5 milhões de km², sobrepondo-se à área da bacia hidrográfica amazônica com 7 milhões de km² (incluindo a bacia dos rios Araguaia e Tocantins). 


A floresta amazônica distribui-se mais ou menos da seguinte forma, dentro e fora do território nacional: 60% no Brasil, e o restante (40%) pela Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela

Além destas "divisões", a floresta amazônica ainda engloba 38% (1,9 milhões de km²) de florestas densas; 36% (1,8 milhões de km²) de florestas não densas; 14% (700 mil km²) de vegetação aberta, como cerrados e campos naturais, sendo 12% da área ocupada por vegetação secundária e atividades agrícolas.




A Amazônia brasileira compreende 3.581 Km2, o que equivale a 42,07% do país. A chamada Amazônia Legal é maior ainda, cobrindo 60% do território em um total de cinco milhões de Km2. Ela abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins.


A Amazônia, como floresta tropical, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Todos os elementos (clima, solo, fauna e flora) estão tão estreitamente relacionados que não se pode considerar nenhum deles como principal.

Durante muito tempo, atribuiu-se à Amazônia o papel de “pulmão do mundo”. Hoje, sabe-se que a quantidade de oxigênio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da fotossíntese, é consumida à noite. Mas, devido às alterações climáticas que causa no planeta, a  Floresta Amazônica vem sendo chamada como “o condicionador de ar do mundo”.

A importância da Amazônia para a humanidade não reside apenas no papel que desempenha para o equilíbrio ecológico mundial. A região é o berço de inúmeros povos indígenas e constitui-se numa riquíssima fonte de matéria-prima (alimentares, florestais, medicinais, energéticas e minerais).



A  Amazônia possui grande importância para a estabilidade ambiental do Planeta. Nela estão fixadas mais de uma centena de trilhões de toneladas de carbono. Sua massa vegetal libera algo em torno de sete trilhões de toneladas de água anualmente para a atmosfera, via evapotranspiração, e seus rios descarregam cerca de 20% de toda a água doce que é despejada nos oceanos pelos rios existentes no globo terrestre.


A grande bacia fluvial do Amazonas possui 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e é recoberta pela maior floresta equatorial do mundo, correspondendo a 1/3 das reservas florestais da Terra.


O rio Amazonas começa no Peru, na confluência dos rios Ucayali e Maranõn. Entra no Brasil com o nome de Solimões e passa a chamar-se Amazonas quando recebe as águas do rio Negro, no interior do Estado do Amazonas.


No período das chuvas, os rio chega a crescer 16 metros acima de seu nível normal e inunda vastas extensões da planície, arrastando consigo terras e trechos da floresta. Sua largura média é de 12 quilômetros, atingindo freqüentemente mais de 60 quilômetros durante a época de cheia. As áreas alagadas influenciadas pela rede hídrica do Amazonas, formam uma bacia de inundação muito maior que muitos países da Europa juntos. Apenas a ilha do Marajó, na foz do Amazonas, é maior que a Suíça.


O rio Amazonas conta com mais de 1.000 afluentes e é o maior e mais largo rio do mundo e o principal responsável pelo desenvolvimento da floresta Amazônica. O volume de suas águas representa 20% de toda a água presente nos rios do planeta. Têm extensão de 6.400 quilômetros, vazão de 190.000 metros cúbicos por segundo (16 vezes maior que a do rio Nilo). Na foz, onde deságua no mar, a sua largura é de 320 quilômetros. A profundidade média é de 30 a 40 metros.


O rio Amazonas disputa com o Nilo o título de maior rio do mundo, mas é imbatível em volume d'água. Recebe cerca de 200.00 Km2 água por segundo e, em alguns pontos, o rio é tão largo que não dá para ver a outra margem.


A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies conhecidas de flora e fauna. Hoje, a área total vítima do desmatamento da floresta corresponde a mais de 350 mil Km2, a um ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por dia e 8 milhões por ano. Com esse processo, diversas espécies, muitas delas nem sequer identificadas pelo homem, desapareceram da Amazônia. Sobretudo a partir de 1988, desencadeou-se uma discussão internacional a respeito do papel da Amazônia no equilíbrio da biosfera e das conseqüências da devastação que, segundo os especialistas, pode inclusive alterar o clima da Terra.



Imagens de satélites analisadas pela ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) confirmam a queda no ritmo do desmatamento divulgada pelo governo. Segundo o instituto, em setembro foram registrados 216 km² de floresta totalmente derrubada. O número representa queda de 33% em relação ao mesmo período de 2008, quando a Amazônia perdeu 321 km².


Apesar da queda, os dois institutos mostram o desmatamento avançando em áreas bem preservadas, como no Sul do Amazonas, e no norte do Pará, às margens do Rio Amazonas. Entre os dez municípios que mais desmataram em setembro, oito estão no sul amazonense ou fazem fronteira com ele. 




Segundo Carlos Souza Jr, um dos pesquisadores responsáveis pelo levantamento do Imazon, faltam parque e reservas para proteger essa região dos grileiros. “Com as unidades de conservação, se alguém tem o interesse de especular, de ter a posse da terra, sabe que não vai conseguir. Isso tende a fazer o desmatamento ir para outra área. Por isso, seria interessante para fechar aquela fronteira”, afirma. 

Em relação à margem do Amazonas, na região conhecida como Calha Norte, Souza Jr levanta a hipótese de madeireiras irem para lá pelo esgotamento da madeira no leste do Pará. “Quando a madeira declina ou as condições das pastagens ficam empobrecidas, migra-se para outras fronteiras. Sabemos que muitas madeireiras que estavam em Paragominas estão lá.”




Então, quais seriam as estratégias para desacelerar o desmatamento da Amazônia:

  • controle do desmatamento através da repressão, concedendo ou retirando licenças de exploração da floresta, fiscalizações mais eficientes e eficazes, multas significativas e prisões inafiançáveis
  •  reforma política sobre impostos, créditos e subsídios ligados à produção, fazendas de criação de gado, especulação da terra e venda de propriedades, combate à sonegação de impostos ligados à fazendas de criação de gado, revisão na política de crédito agrícola subsidiado, revisão das anistias e perdão às dívidas devido às secas ou outros problemas climáticos que representam um subsídio adicional ao desmatamento, revisão nas questões referentes às políticas do governo de garantia de preços aos produtos agrícolas daquelas regiões e aos programas especiais de ajuda e despesas diversas pagas pelo governo 
  • maior controle aos títulos de posse das terras e uma reforma da política de assentamento 
  • encontrar maneiras de explorar os serviços ambientais da floresta de tal forma que possa manter a floresta ao mesmo tempo que permita sustentar a população daquela região


Enfim, muito há o que fazer: na esfera da repressão, no âmbito político, econômico, etc. São muitos os interesses a serem satisfeitos, porém, o que realmente importa é salvar a Amazônia, para o bem dos povos indígenas que lá se encontram, das populações das diversas cidades incrustadas pela floresta e que querem viver em paz com a natureza, pelos produtores rurais e extrativistas que realmente se preocupam com a preservação da floresta, pela imensa flora e fauna existente e pelo mundo todo que clama pela manutenção da "vida" deste fabuloso ecossistema e a vida do Planeta Terra.

Fontes: 

http://www.globoamazonia.com

http://www.ambientebrasil.com.br

http://www.webciencia.com

Desmatamento na Amazônia brasileira:história, índices e conseqüências - PHILIP M. FEARNSIDE - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

1 comentário

Unknown disse...

que legal ajudou na minha lição!

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